sábado, 17 de março de 2018

Vista minha pele

 Este vídeo Vista a minha pele podemos ver a inversão dos papéis que mostra o quanto pode ser chocante esta diferença, talvez por não termos negros como protagonistas em comerciais e outras atividades que são mostradas nos videos, isso foi ainda mais impactante poder não só imaginar, mas assistir esta inversão de papéis.
Infelizmente ainda existem muitas pessoas que não consideram a representatividade um fator importante, mas sim para nós todos é importante nos sentirmos representados por alguém ou algo, e principalmente na infância isso traz questionamentos e as vezes traumas que só entendemos ao longo do nosso amadurecimento.
Video apresentado por colegas do PEAD, mas que me chamou muito atenção, pela riqueza que ele mostra e a importância da representatividade.

História da boneca Abayomi

Abayomi
Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.
Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas. Inspirado pela tradição dessa arte histórica, a artesã e arte-educadora Cláudia Muller desenvolveu um trabalho único, e, com o objetivo de evidenciar a memória e identidade popular do povo brasileiro, valorizando a diversidade cultural que reina na terra brasilis, criou o projeto Matintah Pereira. A iniciativa produz versões próprias das Abayomi e promove oficinas tanto para ensinar o processo de criação quanto para discutir a importância histórica e social entorno das bonecas.
Boneca Abayomi
Seu Jorge - Racismo na Itália
Este vídeo relata o racismo real que muitos de nós sofremos ao entrar em alguns estabelecimentos comerciais e sermos julgados por nossa cor ou vestimenta e isso infelizmente acontece com uma frequência muito maior que imaginamos.
Outro fator foi o Seu Jorge ser um cantor famoso no Brasil, onde em qualquer lugar seria facilmente reconhecido e provavelmente isso não aconteceria aqui com ele, mas como ele mesmo citou ele conhecia apenas o preconceito e não o racismo como conheceu na Italia.

Aplicação de atividade com tema Pluralidade


Realizei esta atividade com uma turma de Jardim misto, com crianças de 4 anos a 5 anos e 11 meses.
A turma onde eu atuo efetivamente é uma turma de Maternal, mas como estava auxiliando a colega nova, realizei com a turma do Jardim.
Inicialmente realizamos uma roda de conversa onde abordei o tema as diferenças, realizai diversas perguntas como as características pessoais de cada um e as características do colega ao lado, todos foram falando e relatando como se viam e como viam o colega ao lado(para a auto descrição utilizei um espelho para que eles mesmo se olhassem e relatassem o que viam).
Fiz anotações em um papel pardo grande e depois solicitei que cada um fizesse um desenho de seu colega após o relato, e depois fizesse um desenho seu.
Após a realização dos desenhos pedi que cada um apresentasse os desenhos realizados explicando cada detalhe, alguns fizerem desenhos muitos similares(o seu próprio e o do colega), a maioria descreveu seus desenhos com riqueza de detalhes, novamente pedi que olhasse para o colega ao lado e pedi para que dissessem as semelhanças entre cada um com seu colega, surgiram diversas, as bochechas, o cabelo, mas na maioria os dois olhos o nariz e a boca.
Depois de ouvir a todos atentamente e realizar anotações de suas falas, conversei com a turma falando sobre as diferenças de cada um e assim como eles não são iguais, não existe ninguém que seja totalmente igual, no máximo com características parecidas, e essas características devem ser respeitadas por todos nós.
Depois dessa conversa e assim responder aos questionamentos levantados por eles, apresentei fotos com diferentes estruturas familiares(um ponto alto na comunidade onde trabalho), e diferentes povos, culturas e classes sociais, obviamente que a família representando a classe alta chamou muito atenção, talvez por ser uma comunidade bastante carente, e a família coreana que foi motivos de risos para alguns, foi onde dei entrada ao respeito as diferentes culturas de cada, e expliquei que o país onde vivemos recebe muitos turistas e acolhe diferentes povos e devemos aceitar as diferentes culturas, formações, classes sociais e etnias, pois não é isso que faz o caráter de uma pessoa, tão pouco a sua postura ética, e que se queremos respeito devemos respeitar ao próximo, e que caso não haja respeito conosco devemos mostrar ao outro a importância do respeito, não esquecendo nunca que devemos nos colocar no lugar do outro e sempre pensar antes de cometer qualquer ação que possa prejudicar o próximo.
Foi um trabalho gratificante, pois durante aquela semana eles comentaram muito sobre o assunto, inclusive recebi retorno dos pais demonstrando interesse pelo assunto que havia sido trabalhado pois as crianças estavam falando muito em casa.

Postura ética

Assim como as familias, nós como educadores nos tornamos referência para nossos alunos em sala de aula, da mesma maneira que eles reproduzem o que presenciam em casa na sala de aula, nas atividades e brincadeiras, eles reproduzem em casa o que veem na escola, e devemos estar atentos não somente ao comportamento do alunos mas também ao nosso.
Trabalho com educação infantil, é dificil passar essa explicação clara sobre um comportamento ético ou não, mas através das atividades realizadas diariamente vamos inserindo neles uma postura ética, não deixando trapacear nas brincadeiras, não mexendo naquilo que não os pertence, não pegar material ou brinquedo do colega sem a sua autorização, não mentir quando ocorre alguma situação em sala, respeitar a todos independente de classe social, cultura ou etnia, pois crianças não nascem com pré-conceitos, e sim aprendem ao longo de seu desenvolvimento.
Esses atitudes diarias, mesmo que parecendo pequenas vão fazendo com que as crianças aprendam a ter um comportamento ético, assim como os trabalhos em grupo, as brincadeiras e desafios onde um necessita do auxilio do outro para conseguir enfrentar determinada etapa.
Acredito que desta forma podemos desenvolver crianças com comportamento ético, ou pelo menos fazendo nossa parte para que assim cresçam e aprendam, afinal são o futuro da nossa sociedade.

algumas vantagens e desvantagens do uso da internet e redes sociais

De acordo com os textos, a leitura de uma bibliografia, nos faz  passar por momentos de reflexão, nos levando muitas vezes a nos aprofundarmos nos estudos de e refletir sobre o material lido e sua autoria, realizando muitas vezes maiores pesquisas referente ao autor que estamos estudando. Porém segundo o video, as leituras da internet são de facil acesso para todos, e muitas vezes realizamos leituras automaticas sobre qualquer assunto que nos pareça atrativo em redes sociais, ou que simplesmente está em alta na midia. 
O que devemos levar em conta é que da mesma maneira que existe esta facilidade de acesso para leitura, existe facilidade de acesso para postagens, ou seja, qualquer um tem a liberdade de realizar diversas postagens na internet, sobre os mais variados assuntos. 
A internet trouxe muitas facilidades para nós, um exemplo claro são os estudos do PEAD, também trouxe a oportunidade de aqueles que se interessam adquirir autoconhecimento através de pesquisas de maneira muito mais rápida, além da facilidade de comunicação com pessoas de diversos lugares.
Mas não podemos esquecer que ambos tem os dois lados. A internet facilitou os estudos e a comunicação, mas também trouxe junto a acomodação de todos nós com os diversos meios tecnológicos, fazendo com que a busca pela veracidade de fatos seja menor, acabando com que muitas vezes sejamos atraídos por informações que dependendo da maneira como são colocadas se tornam muito mais atrativas do que a leitura de um bom livro, ou o aprofundamento em noticias e estudos teóricos.
Bem como as leituras de bibliografias que se tornaram mais práticas, pois para realizar pesquisas em livros demanda tempo, que hoje em dia está cada vez menor para todos, inclusive para visitar uma biblioteca, mas também perdemos a vontade de ir em busca de cada vez mais conhecimento sobre diversos teóricos, e principalmente a questão das fontes confiaveis de informação, como falei a internet aceita tudo, e é importante que sempre haja uma busca das fontes de informação do que estamos lendo, assistindo ou estudando.

Desafios da escola


Quando iniciamos nosso trabalho em uma determinada escola, não sabemos os desafios que podemos enfrentar, afinal não conhecemos a comunidade onde a escola está inserida, a cultura que eles carregam, a organização das famílias que ali residem, tão pouco a história da escola onde vamos atuar.
Por mais que façamos pesquisas sobre o local e a história da escola é difícil criar uma identidade local sem estar ali presente, e criar uma identidade profissional de maneira a saber lidar com os educandos, as famílias e toda a comunidade ali envolvida. Certamente a pesquisa sobre a história local facilita para uma entrada mais tranquila, independente do ambiente onde a escola fique situada.
Eu mesmo conheci apenas quando criança o local onde a escola que atuo fica, mas conforme fui conhecendo a comunidade escolar, iniciei pesquisas mais aprofundadas sobre a escola, o ambiente e a comunidade escolar, e confesso que estando presente foi muito mais fácil entender as histórias que a comunidade carrega e poder criar a minha identidade profissional. Mas acredito que se eu estivesse fora do local realizando pesquisas, sem poder ter um olhar diferenciado sobre determinadas situações não entenderia a maioria das questões particulares que a comunidade passa vivendo ali e nem mesmo a identidade e cultura criada por eles.

Um pouco da Vila Gaúcha


A Escola de Educação Infantil Vila Gaúcha onde trabalho, fica situada na Rua Dona Maria nº 50, bairro Santa Teresa.
A escola oferece atendimento de turno integral para 32 crianças, sendo 22 Jardim e 10 Maternal, com uma educadora em cada turma e uma coordenadora pedagógica.
A comunidade onde a escola está inserida é uma comunidade extremamente carente, e muitos vivem em situação precária de moradia e saneamento básico. Boa parte dos moradores vive com a renda de auxílios do governo ou trabalhando de maneira autônoma. A comunidade conta com alguns comércios como bares e lancherias que atendem diretamente aos moradores.
A menos de 3 anos que energia elétrica e esgoto regularizado passaram a funcionar no local.
Infelizmente a comunidade é bastante violenta, com tráfico de drogas e fluxo de armas acontecendo diariamente em todas as vielas da comunidade, com muitos casos de drogadição e violência doméstica.
Há alguns anos a comunidade começou a organizar festas coletivas onde todos se mobilizam para as festividades em datas como Natal, Ano Novo, Dia das crianças e Páscoa, alguns moradores solicitam auxilio aos coordenadores do tráfico para que eles mantenham um maior respeito no momento das comemorações e evite situações constrangedora ou perigosas em frente as crianças.
Estas festividades trouxeram união para a comunidade, pois todos trabalham juntos em prol da comunidade.
Felizmente contam com moradores acolhedores que fazem o possível para retirar a imagem violenta que a comunidade tem e vão em busca de melhorias para todos, como a escola que passou a ser conveniada e cadastrada como escola, o Cento Comunitário Vila Gaúcha que oferece (SCFV) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculos onde as crianças ficam no turno inverso a escola, Trabalho Educativo para jovens adolescentes, Posto de Saúde e atendimento com assistência social.
Acredito que a comunidade tem condições de evoluir, mas é necessário que eles continuem em busca de melhorias e consigam diminuir o índice de violência, para que assim possa se tornar um ambiente melhor para todos que ali vivem ou trabalham.

Atividade - Recorte da realidade


Trabalho em uma escola de educação Infantil, e não observo relevantes para realizar um comparativo, pois as Escola de Educação Infantil não existem a tanto tempo quanto o ensino regular, tão pouco com orientação de documentos como Projeto Politico Pedagógico, Regimento Escolar, entre outros que norteiam o ensino em cada ambiente escolar.
Acredito que uma mudança forte, não um fato em especifico, mas sim uma mudança que podemos perceber facilmente, são as Escola de Educação Infantil em si, na modernidade não existiam Locais para estes atendimentos específicos para crianças menor de 6 ou 7 anos ficarem, mas não só ficar, como ter um lugar que proporcione atendimento adequado, oportunidades de aprendizagens, estímulos e ofertas para a busca do conhecimento. As crianças ficavam com suas famílias, normalmente sob os cuidados da mãe, e quando tivesse idade adequada entrava em uma escola de ensino regular, que certamente não tem comparação com as escolas de hoje em diversos aspectos.
A escola onde trabalho fica localizada em uma comunidade carente, mas todos recebem as mesmas oportunidades de ensino dentro da escola, embora os alunos sejam todos moradores da comunidade, existem diferenças financeiras claras entres a famílias.
Há alguns anos atrás a Educação Infantil com o formato atual era para poucos, muitas famílias optavam por deixar seus filhos em  algum “cuida-se”, onde poderia ser considerado a extensão de suas casas, pois recebiam acolhida, alimentação e brincavam ao longo do dia, sem a oferta das diversas possibilidades de ensino que temos hoje, onde as crianças recebem atividades dirigidas que proporcionam maiores descobertas, interação com outras crianças, e a possibilidade de conhecer diferentes culturas sem sair do lugar, apenas de maneira lúdica e imaginária onde exploramos diversas possibilidades, e a criança tem a oportunidade de descobrir suas habilidades com auxilio do Professor, e recebe estímulos diários para diferentes aprendizados.

O que é aprendizagem?



Aprendizagem, é o conhecimento que adquirimos ao longo de nossa vida. Desde o momento em que nascemos aprendemos algo novo diariamente, no caso do bebê que aprende a se alimentar, logo a segurar as coisas, as primeiras palavras, os primeiros passo e em uma determinada fase aprende de maneira mais dirigida, com alguem para lhe dar o devido suporte para novas aprendizagens, e assim se segue pelo resto da vida.  Mesmo na fase adulta onde aprendemos diversas coisas no meio em que frequentamos e com as pessoas que nos rodeiam, ainda assim adquirimos conhecimento de maneira dirigida com o auxilio de alguem ou algum meio tecnológico.

Eu professor



Cada aluno apresenta suas particularidades de maneira diferente na escola, e sua bagagem de conhecimento individual.
Ja tive alunos que quando os pais questionavam sobre seu comportamento, não acreditavam ao me ouvir falar que eram crianças tranquilas em salada de aula, ja que em casa seu comportamento era oposto, mas tambem ja tive alunos que eram super tranquilos na escola e muito agitados em casa, independente do comportamento do aluno, procuro usar as mesmas técnicas de ensino, porém adequando de acordo com as habilidades individuais sempre que possivel, dando espaço para que eles tirem suas duvidas, exponham suas opiniões e comentem seus conhecimentos sobre o assunto, mesmo que com Educação Infantil, os assuntos na maioria das vezes acabam tomando outro rumo, se não for bem direcionado, ja que as crianças tendem a prender sua atenção por um periodo mais curto de tempo.
Mas procuro estimular todos a explorar todas as oportunidades oferecidas com diversas possibilidades, para que possam expor suas habilidades preferências.
Quando necessário chamar a atenção ou falar de maneira mais firme, realizo abordagens iguais com todos, sem diferenças por aquele que apresenta um comportamento mais ou menos agitado.

Minha experiência com aluno com necessidades especiais

No meu primeiro ano trabalhando como professora de educação infantil, trabalhava em uma turma de maternal misto com 20 crianças, entre duas professoras em sala. No final do ano a professora do Jardim B saiu da escola e me colocaram na turma de Jardim B, confesso que foi assustador no inicio, pois meu conhecimento prático era pouco e ainda me deparar com uma turma de 19 alunos e mais um alno com autismo foi bastante dificil. Minha relação com o Matheus foi se ampliando aos poucos, a construção do vinculo foi acontecendo naturalmente, pois eu sempre respeitei o espaço dele, fui me inserindo conforme ele me dava oportunidades, mas nossa relação se estreitou mais rapido do que eu imaginava, uma das questões que preocupavam a familia era a alimentação do Matheu na escola que era bem dificil, e eu aproveitei disso para realizar atividades sobre alimentação com a turma toda, que além de estimular a alimentação saudavel para a turma toda, com o estimulo correto o Matheus passou a se alimentar melhor na escola, e depois disso seguimos com diferente atividades de acordo com a necessidade da turma e eu realizando pesquisas de atividades que pudessem se tornar mais atrativas para o Matheus, ja que sua atenção se prendia por pouco tempo, observei que atividades com trabalhos manuais chamavam mais sua atenção e o mantinham concentrado por mais tempo, além de brincadeiras que envolvessem movimentos corporais.
Acho que o medo de não saber lidar foi o que mais me preocupou, mas conforme fui conhecendo e pesquisando sobre, facilitou o meu trabalho com ele e com a turma, para que eu pudesse atender e acolher as necessidades da turma igualmente, mesmo que em alguns momentos eu precisasse dar uma atenção maior ao Matheus, procurava fazer isso de maneira que o restante da turma não se sentisse excluida, ja que era sozinha em sala de aula

Inclusão sem Laudo

Mesmo que segundo a NT 04/2014 não tenha a obrigatoriedade de um laudo, acredito que um laudo facilite para o educador nortear a melhor maneira de ensino. 
Eu trabalho com educação infantil e todos os alunos são acolhidos da mesma forma e recebem as mesmas oportunidades de aprendizagem, sem exclusão ou diferenciação, independente de apresentarem necessidades ou não, até por que, embora na escola onde atuo temos crianças que apresentam certa dificuldade ou transtornos que não sabemos diagnosticar, e o tratamento dado a elas é o mesmo.
Uma questão importante também é a forma como os pais encaram a dificuldade apresentada pelo aluno quando o professor expõe a situação, eu mesmo trabalho em uma escola situada em uma comunidade precária onde muitos pais sentem dificuldades até mesmo para manter um dialogo conosco, e mesmo assim, procuramos fazer os encaminhamentos necessários para facilitar a procura de auxilio especializado, mas muitos não tem a persistência de seguir em frente com os tratamentos. Sem contar que tudo isso ainda depende do olhar do professor, e da estrutura que a escola oferece para esse tipo de atendimento, pois muitas vezes existe boa vontade do professor e falta de apoio e estrutura, em outras existe estrutura mas não a boa vontade de professor e em muitos casos faltam ambos.

Crocodilo e avestruzes


Após a leitura do texto “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação”, da psicóloga e professora Dra. Ligia Assumpção Amaral, que utiliza esses dois animais para realizar a representação, podemos perceber o quanto o nosso meio influência em nossos padrões, pois nos acomodamos com um determinado padrão e quando nos deparamos com algo diferente do que está presente com mais frequência em nossa meio, sentimos muitas vezes a necessidade de recuar e ao invés de se abrir para o novo e ter um olhar acolhedor para dar e receber novas oportunidades de conhecimento e aprendizagens.
Na maioria das vezes isso ocorre quase que de maneira involuntária e só percebemos após o afastamento ou ao tecer comentários com outras pessoas sobre determinadas situações, e acabamos inclusive afastando pessoas em função dessa reação, deixando-os na maioria das vezes em situações constrangedoras e desagradáveis, sem se colocar no lugar do outro.
Se olharmos ao nosso redor todos nós temos diferenças, nenhum de nós é totalmente semelhante ao outro, mas como criamos um padrão de “normalidade’, acabamos por excluir as outras diferenças, passando a aceitar somente aquelas que estamos “acostumados”, esquecendo que existem muitas outras diferenças que fazem parte e devem ser aceitas e respeitadas. Afinal quando estamos abertos a diferenças só temos a ganhar, pois a troca de informação é reciproca.
No texto o crocodilo representa as barreiras que construímos em torno de pessoas com deficiências em alguns casos e por isso acabam por ser excluídas, enquanto o avestruz mostra a introspecção perante ao outro.
Apresentar empatia pelo próximo deve ser um exercício diário a ser feito, independente da situação, sendo ou não em relação a pessoas com deficiência.
Nós devemos não só nós mas utilizar nosso importante papel de educador para mostrar para os nossos alunos a riqueza de experiências que eles devem ter aceitando a relação de troca com as diferenças, e estimula-los a não somente na escola, mas em todos os lugares respeitar e aceitar as diferenças, tornando todos os lugares onde passamos um lugar adepto ao diferente e sem preconceitos.

Retrospectiva Histórica


Após a ler ao texto e asssitir o video, percebi que meu conhecimento em relação a busca de inclusão e valorização das pessoas com deficiência era pouquissimo. Não imaginava que essa luta vinha de muito mais tempo do que eu pensava, e realmente é dificil aceitar essa realidade dura que eles enfrentaram e infelizmente ainda enfrentam.
Embora com o auxilio das leis muitas coisa ja tenham melhorado, infelizmente essa luta é uma luta diária enfrentada pelas pessoas com deficiência e por todos envolvidos na causa, como disse uma colega, as familias também não recebem manual, e aprendem diariamente a auxiliar seu familiar com necessidades especiais.
Infelizmente as nossas escolas não estão preparadas como deveriam para receber alunos com deficiência, seja ela qual for. Concordo com a inclusão e que realmente é importante que todos convivam no mesmo ambiente escolar, porém ja me peguei muitas vezes pensando, até que ponto está inclusão sem preparo está sendo saudável para aquele que apresenta necessidade, pois a maioria das escolas não apresentam estruturas fisicas nem pedagógicas para o melhor acolhimento destes alunos com necessidades.
Eu mesmo fui educadora de um aluno autista em uma turma de Jardim B, e confesso que quando entrei para turma, fiquei com medos e receios, mas foi uma troca de aprendizado tão grande valeu a pena, o Matheus me ensinava diariamente algo novo, inclusive no momento de aplicar atividades, pois foi necessário que eu fosse em busca de um conhecimento que eu não tinha, ainda mais sendo meu primeiro ano trabalhando com educação infantil, hoje eu vejo o quão sortuda eu fui em ter a oportunidade de trabalhar com ele.