sábado, 17 de março de 2018

Crocodilo e avestruzes


Após a leitura do texto “Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação”, da psicóloga e professora Dra. Ligia Assumpção Amaral, que utiliza esses dois animais para realizar a representação, podemos perceber o quanto o nosso meio influência em nossos padrões, pois nos acomodamos com um determinado padrão e quando nos deparamos com algo diferente do que está presente com mais frequência em nossa meio, sentimos muitas vezes a necessidade de recuar e ao invés de se abrir para o novo e ter um olhar acolhedor para dar e receber novas oportunidades de conhecimento e aprendizagens.
Na maioria das vezes isso ocorre quase que de maneira involuntária e só percebemos após o afastamento ou ao tecer comentários com outras pessoas sobre determinadas situações, e acabamos inclusive afastando pessoas em função dessa reação, deixando-os na maioria das vezes em situações constrangedoras e desagradáveis, sem se colocar no lugar do outro.
Se olharmos ao nosso redor todos nós temos diferenças, nenhum de nós é totalmente semelhante ao outro, mas como criamos um padrão de “normalidade’, acabamos por excluir as outras diferenças, passando a aceitar somente aquelas que estamos “acostumados”, esquecendo que existem muitas outras diferenças que fazem parte e devem ser aceitas e respeitadas. Afinal quando estamos abertos a diferenças só temos a ganhar, pois a troca de informação é reciproca.
No texto o crocodilo representa as barreiras que construímos em torno de pessoas com deficiências em alguns casos e por isso acabam por ser excluídas, enquanto o avestruz mostra a introspecção perante ao outro.
Apresentar empatia pelo próximo deve ser um exercício diário a ser feito, independente da situação, sendo ou não em relação a pessoas com deficiência.
Nós devemos não só nós mas utilizar nosso importante papel de educador para mostrar para os nossos alunos a riqueza de experiências que eles devem ter aceitando a relação de troca com as diferenças, e estimula-los a não somente na escola, mas em todos os lugares respeitar e aceitar as diferenças, tornando todos os lugares onde passamos um lugar adepto ao diferente e sem preconceitos.

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